Pedro Paulo Cunha, da EFIC Soluções participou de uma Live com Greta Von Borowsky, sócia de Viva Extra e renomada advogada com 18 anos de experiência em recuperação de crédito judicial e extrajudicial.
A entrevista foi uma verdadeira aula sobre recuperação de crédito, combinando teoria, prática e uma visão moderna do tema. Sua experiência de quase duas décadas no setor, aliada à abordagem inovadora da Viva Extra, mostra como é possível equilibrar eficiência e sensibilidade na gestão de dívidas.
A seguir, resumimos os principais pontos abordados na conversa.
Cobrança Judicial x Extrajudicial: Qual a Diferença?
Um dos pontos altos da live foi a explicação clara de Greta sobre as diferenças entre os dois tipos de cobrança. Segundo ela, a cobrança extrajudicial é uma negociação direta entre credor e devedor – uma “linha reta”, nas palavras dela.
Já a cobrança judicial ocorre quando essa tentativa inicial falha, trazendo o Estado como um terceiro na relação, formando um “triângulo”.
Sobre este tema, Greta destacou que a judicialização é um recurso utilizado apenas após esgotadas as possibilidades de acordo fora dos tribunais, o que reflete a importância da negociação como primeira etapa.
O Processo de Execução Judicial
Greta detalhou como funciona a execução judicial, que pode ser iniciada logo após o vencimento da dívida – tecnicamente, a partir do dia seguinte. Ela enfatizou a relevância da notificação extrajudicial como ponto de partida e explicou que diferentes tipos de contratos podem demandar procedimentos específicos antes de se recorrer ao judiciário.
A tecnologia também foi mencionada como um avanço significativo, permitindo atuações em qualquer estado e a realização de audiências por videoconferência, além da escolha estratégica do domicílio do devedor para agilizar o processo.
Penhora de Bens: Sequência e Estratégia
Outro tema abordado foi a penhora de bens, um dos momentos mais delicados da execução judicial. Greta esclareceu a ordem lógica das ações: primeiro, busca-se penhorar valores em dinheiro; depois, bens móveis; e, por fim, imóveis.
Além disso, também foi comentada a possibilidade de penhorar recebíveis futuros, uma estratégia menos convencional, mas eficaz, e reforçou a necessidade de registrar restrições nos bens do devedor durante o processo para garantir a efetividade da cobrança.
Um conselho valioso foi a importância de realizar uma investigação patrimonial prévia, permitindo que o credor entre com a ação já sabendo quais bens podem ser alvo da penhora.
Negociação Antes da Judicialização
Um dos recados mais enfáticos de Greta foi a importância da negociação como primeira opção. Judicializar uma dívida pode trazer consequências negativas, como custos elevados, demora nos processos e desgaste nas relações entre as partes.
Por isso, ela recomenda que os credores priorizem tentativas de acordo e documentem todas as etapas dessas tratativas – uma prática que fortalece a posição em uma eventual ação judicial.
Dicas Práticas para Credores
Ao final da live, Greta deixou algumas recomendações práticas para quem lida com recuperação de crédito:
- Documente tudo: Registre todas as tentativas de cobrança extrajudicial antes de recorrer ao judiciário.
- Considere recebíveis futuros: A penhora de valores a receber pode ser uma estratégia eficiente.
- Investigue o patrimônio: Saiba a situação financeira do devedor antes de agir.
- Negocie sempre que possível: A judicialização deve ser o último recurso, não o primeiro.