Conforme a Serasa Experian, em abril deste ano a inadimplência bate novo recorde, alcançando 63,2 milhões de brasileiros estavam com débito em atraso.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, são 2 milhões a mais, se comparado com abril de 2018.
Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do SPC Brasil, o perfil dos inadimplentes se divide em:
- 20,6% Novos inadimplentes: Sem dívidas nos últimos 12 meses mas que agora se encontram com pelo menos uma negativação.
- 52,3% Reincidentes velhos: Já estava negativado e recebeu pelo menos uma nova negativação no período).
- 27,8% Reincidentes novos: Conseguiram pagar as dívidas atrasadas nos últimos 12 meses e voltaram a ficar com o nome sujo neste ano.
Já se sabe que o início de ano é um período complicado para a inadimplência, pois o acúmulo de contas a pagar nesta época do ano gera um aperto considerável no caixa das famílias.
Porém, a forte estagnação da economia levou o número de inadimplentes a novos patamares, gerando preocupação aos credores.
O principal indicador desta calmaria na economia é o desemprego, que atinge 13,2 milhões de brasileiros. Sabe-se há muito que inadimplência é impactada diretamente pela população desempregada.
Desde meados de 2018, com a retomada do crédito após 2 anos de crise profunda, o endividamento médio das famílias tem aumentado.
Mas a situação do emprego não está melhorando. A continuar assim, espera-se uma piora nos indicadores de inadimplência.
Com estas informações, não seria surpresa um cenário em que inadimplência bate novo recorde.
Em cenários como este, o foco na cobrança de clientes inadimplentes nunca foi tão importante.